Caríssimos(as) leitores(as) este ano temos tido imensas coisas coisas para
celebrar. Vivemos no concelho do Seixal e sempre em festa. Aliás é uma festa
mas é só para alguns.
As coisas neste ano da graça de 2019 têm sido um festival da alegria.
Começamos logo com a festa de fim de ano que correu muito bem com um
tempo quente a convidar aos passeios à beira rio. Dois palcos montados (um
não chegava) tudo isto para um afluência de gente que era tanta mas tanta. Que
teve que se pedir reforços de autocarros à CARRIS. E de cereja em cima do
bolo foi o foguetório estrategicamente colocado em cima do canil. Afinal os
bichos também têm direito a festa (se não morrerem de ataque cardíaco)
Mas a coisa nem ficava completa se não aparece-se a fatura dos Djs
(ALEGADAMENTE) 10 000 Euros. Coisa pouca para um concelho que até não
está endividado até ao pescoço.
Em compensação a velha escola primaria de Santa Marta do Pinhal, que está
nas competências da câmara municipal. Tem fungos de humidade pelas paredes
abaixo. ALEGADAMENTE não há verba disponível. Mas à uns meses a trás
houve alguém com vergonha da situação que lá foi dar umas pinceladas de
tinta.
Depois vieram o festival do Maio um evento que teve mais participação popular com custos na ordem dos 230 000 euros. Uma espécie de festival
relativista da musica de intervenção com um cheirinho a PREC. Tudo para
entreter o pessoal e manter a chama acesa ao povo com novos amanhas que
cantam .
Como contra-ponto continua por construir a rotunda na avenida 10 de Junho
naquele malfadado cruzamento da antiga panificadora.
Agora no mês de Junho tivemos um evento que merecia vir na revista BLITZ
ou pelo menos na revista NOVA-GENTE. O referido evento com um nome
sonante. Até foi promovido na RTP no programa Praça da Alegria. Onde até o
decor do programa contou com mesas de tasquinhas compostas por chouriço
assado e sardinhas. Isto tudo numa hora de bastante audiência de gente que vem
a festivais de musica. E onde a pouca que há de distribui maioritariamente pela
SIC com o programa da Cristina e pela TVI com o Gouxa. Mas talvez porque a
SIC não tivesse espaço no alinhamento porque tinha alguém mais na moda para
entrevistar não pode promover este festival imperdível. No caso da TVI não
dava talvez por causa das reportagens da jornalista Ana Leal.
O evento foi tão grandioso que a marca que usaram para dar o nome ao festival
foi paga 300 000 euros por 2 dias sem exclusividade. Quer isto dizer que se os
concelhos de Almada e Montijo quisessem fazer o mesmo festival na mesma
data e com a mesma marca poderiam. O contrato previa a não exclusividade.
Imaginem que a presidente da CM de Almada alguém conhecedor do mundo do
espetáculo decidia fazer o mesmo no mesmo dia? Ia Ser lindo.
O que valeu para encher a casa foram os 1500 bilhetes distribuídos entre
funcionários da CM Seixal e funcionários do supermercado L’ecrerc.
Em compensação há pelo menos uma freguesia que não tem caudal suficiente
nas torneiras. Ou que tem dias que os contadores da água em vez de contarem
metros cúbicos de água contam metros cúbicos de ar comprimido. Ainda por
cima mais caro que a água.
Nisto tudo fico a pensar caros(as) leitores(as) mas eu votei. Sim porque eu votei
no actual executivo camarário . Para eleger o presidente da câmara municipal
ou foi para eleger o mordomo das festas?
Fica a pergunta.
segunda-feira, 8 de julho de 2019
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